O alicerce da esperança segura do
crente procede da natureza de Deus, de Jesus Cristo e da Palavra de Deus. (1)
As Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O
Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal crítica, que
ameaça a sua vida. Todavia, ao meditar nos feitos de Deus no passado ele confia
que Deus o livrará: “Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste”
(22.4). O poder maravilhoso que o Deus Criador já manifestou em favor do seu
povo está exemplificado no êxodo, na conquista de Canaã, nos milagres de Jesus
e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no
Senhor como nosso ajudador (cf. 105; 124.8; Hb 13.6; ver Êx 6.7 nota). Por
outro lado, aqueles que não conhecem a Deus não têm em que se firmar para terem
esperança (Ef 2.12; 1Ts 4.13). (2) A plenitude da revelação do novo concerto em Jesus Cristo acresce
mais uma razão para a esperança inabalável em Deus. Para o crente, o
Filho de Deus veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8), que é o “deus
deste século” (2Co 4.4; cf. Gl 1.4; Hb 2.14; ver 1Jo 5.19). Jesus, ao expulsar
demônios durante o seu ministério terreno, demonstrou seu poder sobre Satanás.
Além disso, pela sua morte e ressurreição, Ele esmagou o poder de Satanás (cf.
Jo 12.31) e demonstrou o poder do reino de Deus. Não é de se estranhar,
portanto, o que Pedro exclama a respeito da nossa esperança: “Bendito seja o
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande
misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pe 1.3). Jesus é, pois, chamado nossa
esperança (Cl 1.27; 1Tm 1.1); devemos depositar nele a nossa esperança,
mediante o poder do Espírito Santo (Rm 15.12,13; cf. 1Pe 1.13; ver Êx 17.11
nota). (3) A Palavra de Deus é a terceira base da esperança. Deus revelou sua
Palavra através dos profetas e apóstolos no passado; Ele os inspirou pelo
Espírito Santo para escreverem isentos de erros (2Tm 3.16; 2Pe 1.19-21). Pelo
fato de que sua eterna Palavra permanece firme nos céus (Sl 119.89), podemos
depositar nossa esperança nessa Palavra (Sl 119.49, 74, 81, 114, 147; 130.5;
cf. At 26.6; Rm 15.4). De fato, tudo quanto sabemos a respeito de Deus e de
Jesus Cristo vem da revelação infalível das Sagradas Escrituras.
A suprema esperança e confiança do crente não
devem estar em seres humanos (Sl 33.16,17; 147.10,11), nem em bens materiais,
nem em dinheiro (Sl 20.7; Mt 6.19-21; Lc 12.13-21; 1Tm 6.17; ver Nm 18.20),
antes deve estar em Deus, no seu Filho Jesus e na sua Palavra. E em que
consiste esta esperança? Temos esperança na graça de Deus e no livramento que
Ele nos oferece, nas tribulações desta vida presente (Sl 33.18,19; 42.1-5;
71.1-5,13-14; Jr 17.17,18). (2) Temos esperança de que chegará o dia em que
nossas tribulações cessarão aqui na terra, quando esta não estará mais sujeita
à corrupção, e terá lugar a redenção (ressurreição) do nosso corpo (Rm 8.18-25;
cf. Sl 16.9,10; 2Pe 3.12; ver At 24.15). (3) Temos esperança da consumação da
nossa salvação (1Ts 5.8). (4) Temos a esperança de uma casa eterna nos novos
céus (2Co 5.1-5; 2Pe 3.13; ver Jo 14.2 nota), naquela cidade cujo arquiteto e
edificador é Deus (Hb 11.10). (5) Temos a bendita esperança da vinda gloriosa
do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo (Tt 2.13), quando, então, os
crentes serão arrebatados da terra, para o encontro com Ele nos ares (1Ts
4.13-18), e, quando, então, nós o veremos como Ele é e nos tornaremos
semelhantes a Ele (Fp 3.20,21; 1Jo 3.2,3). (6) Temos a esperança de receber a
coroa da justiça (2Tm 4.8), de glória (1Pe 5.4) e da vida (Ap 2.10).
Finalmente, temos a esperança da vida eterna (Tt 1.2; 3.7); da vida garantida a
todos que confiam no Senhor Jesus Cristo e o obedecem (Jo 3.16,36; 6.47; 1Jo
5.11-13).
Com promessas tão grandes reservadas àqueles que esperam em Deus e no seu Filho Jesus, Pedro nos conclama: “estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).
Com promessas tão grandes reservadas àqueles que esperam em Deus e no seu Filho Jesus, Pedro nos conclama: “estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário